segunda-feira, 10 de março de 2014

Resenha sobre O Alienista



O Alienista Resenha
Na cidade de Itaguaí, morava o Dr. Simão Bacamarte, um grande estudioso de medicina, o maior médico do Brasil. Casou-se com uma viúva chamada D. Evarista que não tinha nenhum atributo de beleza, mas tinha todas as chances de oferecer ao Dr. Simão filhos robustos e inteligentes. No entanto não aconteceu. Mesmo depois de dietas e ações médicas realizadas por Dr. Simão os filhos não chegaram. Ele então se dedicou ao estudo da medicina e dentro dela se interessou pela neurologia, estudando assim a sanidade e a loucura humana. 

Sendo assim, o Dr. Simão Bacamarte pediu licença ao governo de Itaguaí para construir uma clínica onde os loucos da cidade se instalariam e seriam tratados favorecendo também o estudo de tal doença. D.Evarista tentou persuadi-lo, inventando uma viagem ao Rio de Janeiro, mas ele não cedeu.

Assim, foi inaugurada a Casa Verde. D. Evarista na semana de festa da inauguração era como uma rainha, mas depois começou o trabalho e Dr. Simão dedicava-se ao estudo dos seus loucos arduamente, e assim, passaram-se dois meses e D. Evarista sentia-se uma desgraçada e logo caiu em melancolia. O marido, a fim de tirá-la desse estado, concedeu-a uma viagem ao Rio de Janeiro. Acompanhando-a foi a tia e a mulher do boticário, amigo íntimo de Simão, e toda uma comitiva. 

Dr. Simão estudava mais ainda e se dedicava. Foi então que começou o terror em Itaguaí, foi levado à Casa Verde, Costa. Ele havia recebido uma herança que dava-lhe para viver até “o fim da vida”, mas gastou-a toda em empréstimos aos outros indo para a miséria. Todos surpreenderam-se com a prisão de Costa, já que esse era um homem são. Quando a prima foi pedir pelo primo acabou também sendo levada presa. Depois prenderam Mateus, um homem que apenas possuía uma bela casa com um belo jardim a qual vistoriava cedo e à noite repousava para que os outros admirassem a ele e a casa.

A comitiva voltou com D. Evarista e a mulher do boticário. Ela era a esperança da cidade de que Simão parasse com suas prisões. No entanto, em um jantar, um rapaz que discursou enaltecendo D. Evarista foi levado preso à Casa Verde. Nesse ponto o povo se revoltou e seguiu ao barbeiro formando um grupo que gritava contra Dr. Simão e sua Casa Verde. Chegaram a casa dele gritando a sua morte, pediram a liberdade dos detentos, ao que Simão negou. Foram então para a Câmara, no caminho encontraram as tropas do governo, mas logo esta se pôs ao lado do povo e foram ter com o poder. Esse foi derrubado e o líder da revolta, o barbeiro Porfírio, foi posto no poder. No entanto ação nenhuma foi tomada contra a Casa Verde e mais homens foram encaminhados para lá. João Pina foi ao poder, nisto veio uma força mandada pelo o vice-rei e Porfírio foi levado pra Casa Verde e mais muitos homens. Por fim até a esposa, D. Evarista foi condenada por passar uma noite sem dormir por não conseguir decidir que roupa usaria numa festa.

Por fim, a cidade encontrava-se com boa parte da população internada na Casa Verde. O alienista, percebendo que sua teoria estava errada, resolve libertar todos os internos e refazer sua teoria. Se a maioria apresentava desvios de personalidade e não seguia um padrão, então louco era quem mantinha regularidade nas ações e possuía firmeza de caráter. Baseado nessa sua nova teoria, o Dr. Bacamarte recomeça a internar as pessoas da cidade e o primeiro deles é o vereador Galvão. Ele havia proposto na Câmara uma lei que impedia os vereadores de serem internados. Assim, as internações continuam na cidade. Outras pessoas, porém, são consideradas curadas ao apresentarem algum desvio de caráter.

Após algum tempo, o Dr. Simão Bacamarte percebe que sua teoria mais uma vez está incorreta e manda soltar todos os internos novamente. Como ninguém tinha uma personalidade perfeita, exceto ele próprio, o alienista conclui ser o único anormal e decide trancar-se sozinho na Casa Verde para o resto de sua vida.

 Do início ao fim, toda a história do “O alienista” é centrada nos Delírios e convicções do personagem Dr. Simão Bacamarte que representaria, levando em consideração a época em que Machado de Assis o escreveu, a ciência nos tempos modernos, retratando a sede de explicação rigorosa de seu objetivo, no caso, a loucura, o qual lhe é permitido agir sobre os direitos de um grupo de pessoas (consideradas loucas), anulando-os, com o único objetivo: a melhor compreensão de doenças. No final de toda a trama o Alienista chega a uma conclusão inusitada: há mais loucura na vontade de estabelecer uma linha divisória entre a razão e a loucura do que perder-se entre seus supostos limites.     

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